O efeito do stress no comportamento alimentar

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o stress pode ser considerado como uma reação adaptativa a qualquer mudança que submete um indivíduo a importantes exigências na sua vida.
 
O aumento de stress leva à ativação do sistema nervoso simpático que, por sua vez, causa uma reação de fuga ou luta e aumenta a libertação do cortisol. Por sua vez, os valores elevados de cortisol alteram o equilíbrio dos mecanismos de regulação do apetite, podendo levar a um aumento ou diminuição do mesmo.
Grande parte dos estudos já realizados confirmam a existência de uma relação entre o stress e alterações na ingestão alimentar por carência ou excesso. Efetivamente, o stress crónico parece estar associado a uma maior apetência por alimentos hipercalóricos, ricos em açúcar e gordura e, por sua vez, a um aumento de peso. Esta compulsão alimentar, para além de outros motivos, deve-se também ao aumento da concentração de cortisol mencionado já anteriormente. Desta forma, a ingestão alimentar induzida pelo stress pode rapidamente conduzir a obesidade. A combinação de níveis elevados de cortisol com a ingestão de alimentos densamente calóricos, e consequentemente o aumento da produção de insulina, contribui para o aumento da gordura visceral. Neste sentido, a presença de gordura na zona abdominal provoca aumento dos níveis de cortisol que conduz a um ciclo vicioso.
 
Assim, deixamos algumas sugestões para que consiga lidar com o stress de uma forma mais fácil e eficaz.
  • Meditar - maior controlo do impulso para comer certos alimentos de má qualidade nutricional;
  • Praticar exercício físico;
  • Dormir pelo menos 7 a 8 horas por dia;
  • Evitar ver televisão ou estar ao telefone durante a refeição;
  • Mastigar calmamente e saborear os alimentos
  • Manter uma boa hidratação ao longo do dia e evitar bebidas alcoólicas;
  • Experimentar receitas novas e planear as refeições com uma ementa semanal.

 

Lembre-se que pedir ajuda profissional é sempre uma boa ideia.